Armas de fogo apreendidas. |
A Polícia Civil do Maranhão deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), uma força-tarefa intitulada de Operação Orlov, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa identificada como responsável por crimes de comércio ilegal de arma de fogo, com repercussão em outros estados da federação. As investigações iniciariam a partir da prisão em flagrante de um dos participantes do esquema, ocorrida no dia 5 de abril de 2023, em São Luís, que portava uma pistola Glock que estava em nome de um laranja residente em São Paulo.
O delegado Thiago Dantas, que preside a operação, detalha as investigações. “Essa investigação teve início em maio de 2023 a partir da apreensão de uma arma de fogo que foi pega com um traficante em São Luís. Após as consultas aos sistemas foi constatado que a arma estava registrada em nome de um indivíduo de São Paulo. Então em contato com esse indivíduo, descobrimos que ele estava sendo usado como laranja, pois possuía arma de fogo em São Luís e que seu registro de atirador esportivo em São Luís era falso”, informou.
No decorrer do trabalho investigativo coordenado pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/SEIC), foram identificados dois militares do Exército Brasileiro que adquiriam armas de fogo legalmente e, em seguida, numa ação coordenada, passavam os armamentos para os nomes de possíveis laranjas que posteriormente as vendia no mercado paralelo para criminosos.
O delegado geral de Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva, informou que a Operação Orlov contou com a colaboração de polícias de outros estados. “Durante as investigações descobrimos que uma das armas estava em nome de uma pessoa de Ribeirão Preto, em São Paulo, que estava sendo usada como laranja. Então, no momento da operação tivemos o apoio da Polícia Civil de São Paulo bem como do Ceará e do Pará. No Maranhão, a polícia realizou diligências em São Luís, Imperatriz, Barreirinhas, Humberto de Campos e Lago da Pedra”, disse.
As investigações ainda identificaram, pelo menos, 17 armas possivelmente comercializadas ilegalmente pelos alvos da operação. Além disso, empresas fantasmas também foram identificadas em nome de dois laranjas, as quais eram controladas por um militar.
No total, cinco pessoas foram presas durante a operação, entre elas, os dois militares do Exército envolvidos no esquema criminoso, prisões estas ocorridas em São Luís e Fortaleza, no Ceará. Além disso, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão domiciliares em São Luís, Imperatriz, Barreirinhas, Lago da Pedra, Humberto de Campos, Ribeirão Preto (SP), Fortaleza (CE) e Parauapebas (PA), que resultaram na apreensão de 14 armas de fogo, provas documentais, aparelhos celulares e 545 munições.
O Exército Brasileiro, por meio do Comando Militar do Norte e da 8ª Região Militar, desde o início, acompanhou e colaborou com a investigação envolvendo os alvos militares. A Operação Orlov contou com o apoio operacional de equipes da SENARC, SPCC, SPCI, SHPP e SECCOR, além das Polícias Civil dos Estados do Ceará e São Paulo.
Da Ascom PCMA.
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