Esqueletos e peças arqueológicas foram encontrados durante construção de condomínio em São Luís

Ossadas humanas encontradas no local.

Quarenta e três esqueletos humanos foram encontrados nas escavações de uma obra no bairro Vicente Fialho, em São Luís, onde a construtora MRV está erguendo condomínios residenciais do programa federal de habitação Minha Casa Minha Vida. Além das ossadas, o trabalho de pesquisa e escavação arqueológica, realizado pela empresa W Lage Arqueologia e coordenado pelo arqueólogo Wellington Lage, descobriu um número enorme de peças de valor histórico: são cerca de 100 mil fragmentos, entre cerâmicas, materiais líticos (ferramentas de pedra), carvão, ossos e conchas decoradas.

Análises de laboratório ainda estão em andamento para descobrir com precisão quão antigos são esses materiais e os esqueletos, mas o número de sepultamentos e a quantidade de peças encontradas apontam para um sítio arqueológico que pode vir a ter um valor ímpar para o estudo do passado brasileiro. "Além da importância implícita desses materiais, as datações [preliminares] realizadas oferecem novos panoramas inéditos para a arqueologia do Maranhão e, consequentemente, do Brasil", afirmou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "Os achados arqueológicos contribuem, ainda, para a escrita de uma história indígena de longa duração."

Vários esqueletos foram localizados embaixo de um sambaqui (espécie de morro de conchas e sedimentos construído na beira de rios e no litoral por populações que habitaram o Brasil há milhares de anos) e podem pertencer, pelo que indicam análises preliminares, a homens e mulheres fortes e de baixa estatura que foram cuidadosamente enterrados. Em uma das sepulturas, foi encontrado um vaso de cerâmica que possivelmente é do tipo Mina, um tipo de produção que data de cerca de 5 mil a 7 mil anos atrás e é encontrado em outras áreas do Norte do Brasil – a tradição ceramista dos povos amazônicos remonta a 8 mil anos.

Confira mais detalhes AQUI.

Do G1 MA.

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Bolsonaro exonera Kátia Bogéa da presidência do Iphan

Kátia Bógea.

Em mais uma mudança na gestão dos principais órgãos de cultura do país, o Governo Federal exonerou a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa. Em seu lugar, foi nomeada a arquiteta e urbanista Luciana Féres, que já foi gerente de cultura no Sesc de Minas Gerais e atuou em cargos de gestão na Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo já tinha noticiado, a demissão de Kátia Bogéa era dada como certa dentro do governo. Ela ocupava o posto desde 2016 e é ligada ao ex-presidente José Sarney e ao deputado Hildo Rocha, que mais uma vez demonstrou não ter força com o presidente Bolsonaro, uma vez que não conseguiu indicar também o reitor da Ufma.

Na terça-feira, 10, o secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, havia dito que o governo de Jair Bolsonaro não irá “aparelhar” a produção artística do Brasil e afirmou que ainda avaliava sobre a troca da presidência do Iphan. “Estamos estudando o caso do Iphan. Meio bilhão de reais que o órgão lida por ano. É um caso muito complexo. A gente está estudando delicadamente e com muito esmero o caso”, disse.

Após uma série de nomeações alinhadas à guinada ideológica e conservadora promovida pelo secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, Féres apresenta um perfil mais técnico e com experiência na área onde atuará. Ela já foi diretora do Conjunto Moderno da Pampulha e atuou na candidatura do conjunto de monumentos da capital mineira à Patrimônio Mundial da UNESCO.

A arquiteta também foi membro do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e do Conselho Estadual do Patrimônio do Estado de Minas Gerais. Atualmente ela é professora do curso de pós graduação em planejamento urbano e ambiental da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), segundo seu perfil na plataforma Lattes.

Sua antecessora, Kátia Bogéa, estava na presidência do Iphan desde 2016, após ter atuado como servidora no órgão por 34 anos. Ela estava a frente do instituto quando ele foi arrastado para o centro de um escândalo político durante o governo de Michel Temer .

Na ocasião, o então ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, tentou pressionar o Ministério da Cultura, chefiado por Marcelo Calero, a mudar uma decisão técnica do Iphan que negava a construção de um prédio em Salvador. Geddel havia comprado um apartamento no edifício, segundo investigações do Ministério Público Federal. A crise culminou com saída dos dois ministros do governo.

Outra troca na área da cultura publicada nesta quarta-feira ocorreu na Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual. O governo exonerou Maurício Carlos Da Silva Braga, que havia assumido o cargo em fevereiro deste ano, e nomeou Marcos de Almeida Villaça Azevedo. 

Jornal O Globo.

Parcerias valorizam Centro Histórico, que ainda vai ter diversas inaugurações

Rua do Centro ocupada por visitantes e turistas. (Foto: Nael Reis).

Alegre e cheio de vida, o Novo Centro Histórico de São Luís tem atraído multidões de domingo a domingo. O público, que nas últimas semanas está aproveitando para conhecer e se encantar com a decoração junina, também têm à disposição atrações culturais, museus, restaurantes e artesanato. No último domingo (9), até um telão reuniu dezenas de pessoas para transmissão da Copa do Mundo de Futebol Feminino.

“A gente veio para conhecer a decoração, fazer umas fotos. É muito positivo para o pessoal daqui, está todo mundo vindo, conhecendo e valorizando o Centro Histórico”, afirmou a dentista Luciana Martinez.

A grande movimentação no local não é tão recente. As últimas decorações e atrações de Natal, Carnaval, do Mais Cultura e Turismo, a do Quinta Reggae e o conjunto de obras e projetos de revitalização promovidos pelo Governo do Maranhão, em parceria com a Prefeitura de São Luís e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), estão mudando a relação de turistas e maranhenses com o lugar.

Todos estão vindo, diz Luciana Martinez. (Foto: Nael Reis).

“A união de ações do Governo do Maranhão, do Iphan e da Prefeitura de São Luís está resultando em grande valorização do nosso Centro Histórico. O nosso governo vai inaugurar em breve o Edifício João Goulart, na Praça Pedro II, e a Estação Ferroviária da Reffsa, entre outras obras”, declarou o Governador Flávio Dino.

Além de destacar inaugurações e ações como a Blitz da Limpeza e o aumento de policiamento, o governador também falou de novas obras e projetos planejados para o Centro Histórico de São Luís. “Essa união de esforços entre vários órgãos será reforçada em breve com novos anúncios, inclusive em parceria com empresas privadas. Nosso governo também vai anunciar novas obras de valorização do Centro”, afirmou.

Comércio aquecido

Para o comércio, que está aquecido na região com a grande movimentação de pessoas, a inauguração da Rua Grande será um incremento nos rendimentos de comerciantes e de novos postos de trabalho.

“A Prefeitura de São Luís e o Iphan, em breve, vão concluir a obra da Rua Grande, referência secular do comércio em nossa capital. A sua valorização também fortalece a geração de empregos, um dos grandes objetivos de todas essas obras e ações”, completou Flávio Dino.

Complexo Deodoro e primeira etapa de obras da Rua Grande são entregues em São Luís

Complexo Deodoro.

O Complexo Deodoro e a primeira etapa de requalificação da Rua Grande, centro da capital, foram concluídos e entregues na noite deste sábado (22). O conjunto de obras resulta da ação parceira entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Prefeitura de São Luís, integrando a série de ações do PAC Cidades Históricas, do Governo Federal.

O governador Flávio Dino acompanhou a solenidade de entrega das obras, que teve presença ainda do prefeito Edivaldo Holanda Junior, da presidente do Iphan, Kátia Bogea, dos ministros da Secretaria de Governo, Carlos Marun e da Cultura, Sérgio Sá Leitão. O evento contou com apresentações de Fernando de Carvalho, Mano Borges, Coral São João e Trio 1 2 3 formado pelas cantoras Tássia Campos, Mila Camões e Camila Boueri, além de apresentação de grupo de Bumba Boi, em palco montado na Praça Panteon, atraindo centenas de pessoas ao local.

Ato de inauguração.

Os serviços conferiram nova estrutura urbanística ao Complexo, tornando a área mais adequada, estruturada e acessível. O governador Flávio Dino enfatizou a importância da obra para a capital e população. “Estou muito feliz em participar desse importante momento, em que parte substantiva do Centro Histórico, tombado pelo Governo do Estado, como é a Praça Deodoro, está sendo revitalizado e recebendo tantos investimentos expressivos”, enfatizou.

A área entregue inclui as praças Deodoro e Panteon, alamedas Gomes de Castro e Silva Maia e as quatro primeiras quadras da Rua Grande. Com a entrega deste conjunto de espaços, a população vai poder utilizar a nova estrutura urbanística, com elementos de acessibilidade, possibilitando maior interação social, o que será ainda mais atrativo a moradores e visitantes, impulsionando a economia e o turismo.

Totalmente concluído, o Complexo Deodoro passa a contar agora com uma nova Praça Panteon, que ganhou pavimentação em concreto lapidado, novo piso, granito na área central, grama nos canteiros, caramanchões para sombreamento do ambiente, novo mobiliário urbano com bancos e lixeiras, além de iluminação pública também renovada. Os bustos que estavam há 11 anos guardados retornaram à praça revitalizados e restaurados.

Bustos históricos foram devolvidos à praça após 11 anos. 

A obra reflete ainda no aumento do fluxo de visitantes à Biblioteca Benedito Leite, que pertence ao Governo do Estado. Já na fase de obras, o movimento triplicou, segundo a direção da instituição. Com novos pavimento e banheiros públicos, bancos de pedras lioz, áreas para atividades diversas, centro administrativo, de policiamento e fiscalização, jardinagem dos canteiros, iluminação pública renovada, novo mobiliário e caramanchões mudaram o cenário arquitetônico da Praça Deodoro, que também foi entregue no evento.

As quatro quadras concluídas na Rua Grande – do Canto da Viração até a esquina da Travessa São Pantaleão – foram revitalizadas com piso novo em bloquete intertravado, novas instalações elétricas subterrâneas, esgotamento sanitário, drenagem profunda, novo conjunto de postes de iluminação pública, itens de acessibilidade, fiação telefônica e elétrica embutidas, novos mobiliários urbanos (bancos e lixeiras), sinalização turística e viária novas. A conclusão e entrega desta etapa das obras do Complexo Deodoro-Rua Grande representa mais conforto, melhor estrutura e mais segurança à população.