O Robinson R44 é um helicóptero monomotor de pequeno porte projetado para transporte executivo, passeio e para coberturas jornalísticas |
Na tarde do último domingo, 1º, um acidente de helicóptero tirou a vida de um piloto e três passageiros próximo ao município de Rosário. Chovia na ocasião, e, segundo as informações preliminares, a aeronave voava baixo (reveja aqui, aqui, aqui e aqui). No Maranhão, nos últimos dez anos, foram registrados, somando este último acidente, sete ocorrências envolvendo helicópteros. Destes, quatro foram fatais e três envolviam aeronave modelo Robinson 44 – a mesma da fatalidade ocorrida esta semana.
De acordo com o piloto Leandro Aquino, o Robinson 44 é um “modelo de entrada”, mais barato. No entanto, apesar de comuns, acidentes envolvendo o modelo – 78 em dez anos, em todo o Brasil – não devem ser considerados normais. “Não é pra ser comum uma máquina como o Robinson se acidentar tanto. Para uma aeronave voar tem que ter um certificado de aeronavegabilidade, e ela só vai ter o certificado se for considerada totalmente segura. Todos os Robinson que estão voando têm esse certificado emitido pela Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]”, informa o piloto.
Ainda segundo Leandro, há um programa forte do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), com sede em Belém (PA), para evitar que acidentes aéreos ocorram, com palestras e ações informativas no Aeroclube.“A Seripa I está sempre em São Luís fazendo palestras, prevenção, desde a formação. Os alunos e pilotos mais experientes são convocados“, diz.
O fluxo aéreo no Maranhão, de acordo com o piloto, não é muito grande. "Há pouco número de aeronaves. Tem duas ou três do CTA [Centro Tático Aéreo], e alguns helicópteros particulares, que não voam ao mesmo tempo. Poucos vêm de fora, o controle de tráfego aéreo é bastante eficiente", comenta. Sobre os acidentes, Leandro Aquino diz que apenas as investigações podem indicar as reais causas, e que há muitos fatores variantes. "Cada acidente tem vários fatores determinantes. Cada relatório tem vários fatores diferentes. Nunca vai ser normal, e nunca vai ter um número médio", finaliza.
De O Imparcial.
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