Na manhã desta quinta-feira (17), equipes da Polícia Civil do Maranhão saíram às ruas da capital maranhense com a missão de cumprir seis mandados de busca e apreensão expedidos no bojo de um inquérito policial que apura crime de lavagem de dinheiro. Os endereços alvos da operação policial estão ligados a investigados, entre eles, uma empresa do ramo da construção civil, sócios e uma ex-servidora da Câmara Municipal de São Luís.
Conforme a delegada Katherine Chaves, chefe da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (SECCOR), a investigação teve início a partir da análise de um relatório financeiro expedido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que detectou algumas transações suspeitas da empresa. “As movimentações financeiras da empresa eram incompatíveis com a capacidade econômico financeira declarada”, destacou Katherine.
Ainda, conforme a delegada, o relatório do COAF apontou que a maior parte dos recursos recebidos na conta da empresa, a CCG Construções e Terraplanagem LTDA, foram provenientes de entes da administração pública, havendo indícios de movimentação relacionada a atividade ilícita, o que pode configurar desvio de valores recebidos de órgãos públicos.
A ex-servidora da Câmara Municipal de São Luís, que é esposa do vereador Beto Castro, também está sendo investigada porque não soube explicar à polícia sobre a origem lícita de um depósito para sua conta no montante de R$ 110.000,00 por parte da CCG Construções, uma vez que o seu salário à época era de apenas R$ 2.541,59. Durante o cumprimento das buscas foram apreendidos documentos e os aparelhos celulares dos alvos, que terão extraídos os dados telemáticos por decisão judicial.
Três suspeitos foram presos após uma troca de tiros com a polícia nessa quinta-feira (02), no bairro São Francisco, na região da Ilhinha, em São Luís. Os suspeitos foram identificados como Gilbson César Soares, de 36 anos, Luciano Rodrigues Ferreira, de 33 anos, e Leílson Barros Pimenta, de 30 anos, que também foi baleado.
Pelas informações, Gilbson César Soares é acusado de ter assassinado o empresário João Bosco Pereira Oliveira Sobrinho, no dia 19 de agosto 2022, na porta de um prédio empresarial, na Ponta d’Areia, em São Luís. A motivação foi a cobrança de uma dívida. O vereador Beto Castro estava com Gilbson e a vítima no momento do crime (relembre).
Populares informaram à Polícia Militar (PM) que avistaram quatro homens armados em atitude suspeita dentro de uma caminhonete que trafegava pelas proximidades do bairro. Após realizar rondas pela região, a guarnição observou um veículo com a mesmas características da denúncia e deu ordem de parada, mas o motorista não obedeceu e acelerou a caminhonete.
Durante a perseguição policial, o veículo chegou a colidir com muro. Ao observarem a aproximação dos policiais, os suspeitos começaram a efetuar vários disparos de arma de fogo contra eles. Nesse momento, uma troca de tiros foi iniciada e um dos suspeitos foi baleado.
Na abordagem, um dos homens conseguiu fugir a pé e os outros três foram presos. Leílson Barros Pimenta foi atingido por um disparo de arma de fogo na região do glúteo e encaminhado para o Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I). Moradores da região registraram toda a operação, que também contou com o apoio do Centro Tático Aéreo (CTA). Com o trio, a PM apreendeu duas pistolas calibre .40 e a caminhonete usada por eles. O caso foi registrado no Plantão de Polícia das Cajazeiras.
A Polícia Civil cumpriu, nessa segunda-feira (29), mandado de prisão temporária contra o empresário Gibson César Soares Cutrim, acusado de assassinar João Bosco, no último dia 19 de agosto. O homicídio foi registrado pelas câmeras de segurança do edifício Tech Office, no bairro da Ponta d’Areia, local onde ocorreu o crime (saiba mais). Ele se apresentou na sede da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), na Avenida Beira-Mar. Em seguida, prestou depoimento e disse que o vereador Beto Castro estava exigindo 50% de um pagamento de R$ 788 mil da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), o que acabou desencadeando o homicídio.
Em seu depoimento, Gilbson César Soares Cutrim Júnior disse que há cerca de um mês e meio um advogado chamado Jean, seu conhecido, pediu-lhe uma ajuda na liberação de um valor que a Secretaria de Educação devia à empresa de segurança H. C EIRELI. Que Jean disse que lhe daria 30%. Afirmou Gibson que informou ao advogado que teria que envolver mais uma pessoa nesta negociação, que seria o vereador Beto Castro, pois este, com sua influência, poderia ajudar na liberação do valor.
Com a concordância de Jean, o acusado disse que acionou Beto Castro afirmando que daria a ele 20% caso conseguisse a liberação do dinheiro junto à Seduc: no total, R$ 778.000,00. Acrescentou que Castro aceitou a proposta e começou a agir para a liberação desse valor. No dia 17 de agosto, segundo o acusado, o vereador falou que queria receber era 50% do valor, exigindo o dinheiro de qualquer maneira. O autor do crime disse que não tinha como o advogado aumentar o valor. Conforme ainda o acusado, a cada meia hora Beto Castro ligava e sempre com a mesma conversa, exigindo do interrogado os 50%.
Numa das vezes, o vereador passou o telefone para o cobrador, que ele sabia tratar-se de Bosco, o qual não conhecia pessoalmente, mas já tinha noção de quem se tratava, pois ele era conhecido cobrador aqui da cidade e tinha fama de sequestrador e matador de gente, e que ele era cobrador pessoal de Beto Castro, inclusive, tendo recebido uma comenda na Câmara Municipal de São Luís.
No dia seguinte, 19, por volta das 08h, o interrogado ligou seu telefone, quando já viu várias ligações de Beto, que ligou novamente, tendo Gibson atendido. Na conversa, ele disse que era para resolver, e, em seguida, passou o telefone para Bosco, que, de início, perguntou onde o interrogado estava, pois queria se encontrar naquela mesma hora para resolver imediatamente.
Acrescentou que Bosco lhe disse, também, que sabia tudo de sua vida, que ele tem dois filhos, sabia do seu endereço, sabia onde os filhos do interrogado estudavam, ameaçando em seguida sequestrar seu filho mais novo, de nome Luan, de 9 anos de idade, caso o interrogado não pagasse.
Diante das ameaças, principalmente contra seus filhos, o acusado disse que ficou desesperado, pegou uma arma guardada em sua casa e saiu, levando uma pistola 840, calibre .40, marca Taurus. Enquanto isso, segundo ainda o acusado, Beto Castro ficou ligando para um irmão do acusado e também para o seu pai, com o qual discutiu. Foi então marcada uma reunião no Tech Office. Ali, encontrou Beto Castro e Bosco em uma mesa do Tapioca da Ilha.
Depois de uma rápida conversa, Gibson (Jùnior) disse que decidiu ir embora. Levantou para retornar ao seu carro, que estava estacionado na Fribal. Disse que enquanto caminhava, Beto Castro e Bosco lhe acompanhavam e tentavam convencê-lo a ir até o carro do vereador. Disse que não quis ir para o carro de Beto e que sua vontade era de ir embora. Mas, segundo ele, Bosco e Beto Castro não deixavam o depoente ir.
No caminho, conforme o depoente, Beto falou: “Resolve isso hoje, Esse cara (referindo-se a Bosco) vai fazer tudo que ele disse”. Bosco então completou: “Rapaz, deixa de mão deixa comigo, vou agarrar o filho dele hoje mesmo”. Júnior disse que nessa hora ficou transtornado, imaginando Bosco agarrando seu filho e acabou tirando a pistola da sua bolsa e atirando por três vezes em Bosco. Em seguida, foi na direção do seu carro e fugiu, jogando a pistola de cima da ponte do Jaracati, tendo a arma caído no mar.
O vereador Beto Castro (Avante) prestou depoimento, na manhã deste sábado, 20, na Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa, e deu detalhes sobre o assassinato do empresário João Bosco Pereira Oliveira Sobrinho, de 46 anos, executado a tiros nessa sexta-feira, 19, na porta do edifício Tech Office, no bairro Ponta d’Areia em São Luís (saiba mais).
Segundo depoimento, o qual o JP on-line teve acesso, o vereador marcou encontro com a vítima nessa sexta, a fim de resolverem “suas coisas do dia a dia”.
Beto Castro afirmou que Bosco trabalhava esporadicamente para ele, e tinha “elevada estima e apreço pela vítima”, que fornecia cestas básicas para alguns vereadores da Câmara Municipal de São Luís.
Após resolverem algumas pendências, se deslocaram até o Tech Office, onde o vereador afirmou ter marcado um encontro com o assessor de um ex-deputado e ex-secretário de governo, candidato a deputado estadual nestas eleições. No entanto, a reunião não chegou a acontecer devido ao crime.
Já na Praça de Alimentação, Beto Castro relatou que encontrou com um amigo, que se juntou a eles em uma mesa e ficaram conversando sobre política. Em dado momento, a vítima avistou o suspeito, identificado por Gilbson Júnior, e teria dito: “Olha um vagabundo ali”, mas não soube dizer se o indivíduo chegou a ouvir o insulto.
O vereador disse que Bosco chamou Júnior para sentar-se à mesa com eles, e então começou a cobrar uma suposta dívida, fato que fez os ânimos se alterarem. Percebendo a tensão entre os envolvidos, o amigo de Beto Castro resolveu se despedir e foi embora.
A discussão prosseguiu, segundo depoimento do vereador, sem saber informar o valor da dívida. Bosco seguia cobrando Júnior de forma veemente, alegando que ele “não pagava porque não queria, pois se tratava de um vagabundo”.
Beto Castro afirmou que tentou acalmar os ânimos, sem sucesso, até que Gilbson Júnior resolveu se levantar e saiu caminhando, mas Bosco o seguiu e continuou com a cobrança em tom elevado. O vereador disse que percebeu que eles poderiam se agredir, e então resolveu agir como mediador entre os dois.
O vereador contou que estava convencendo Júnior a ir embora quando a vítima teria dito: “Rapaz, vagabundo igual a ti não paga nem se colocar uma pistola na boca”. Foi quando, conforme consta no depoimento, o autor puxou uma arma de fogo da mochila e atirou três vezes contra Bosco, que tombou na porta do edifício.
Beto Castro contou que, após os tiros, “em pânico”, correu para se abrigar, assim como outras pessoas, enquanto o suspeito se evadia do local. Afirmou, também, que não teve nenhuma discussão com o autor, nem era ele que possuía a dívida, conforme informações que chegaram a circular logo após o ocorrido, e que Bosco seria o responsável por fazer a cobrança com Gilbson. Frisou que o encontro entre eles ocorreu por força do acaso.
O vereador ainda relatou que não acredita em crime orquestrado, porque tudo se desenvolveu devido à discussão acalorada entre os envolvidos.
Por fim, Beto Castro destacou que recolheu os pertences da vítima, a pedido dos policiais militares que chegaram ao local do crime. Posteriormente, entregou o aparelho celular, relógio, óculos, um cordão e uma pulseira para a esposa de Bosco, a qual não se recorda o nome.
Com as imagens gravadas por câmeras de segurança, a polícia segue em diligências para tentar localizar o autor do crime, que ainda se encontra foragido.
O empresário do ramo alimentício João Bosco Oliveira Sobrinho, assassinado com tiros na cabeça na tarde desta sexta-feira (19) num prédio comercial na Ponta do Farol, em São Luís (saiba mais), já foi agraciado com a maior honraria da Câmara Municipal da capital.
Ele recebeu, em dezembro do ano passado, a medalha Simão Estácio da Silveira, após proposta do vereador Beto Castro (Avante), que estava ao lado da vítima no momento do crime. João Bosco tinha 46 anos e era natural da cidade de Fronteiras, no Piauí.
Em entrevista à repórter Alessandra Rodrigues, da Mirante AM, o delegado Murilo Tavares, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), informou mais cedo que testemunhas afirmaram ter ouvido uma discussão sobre pagamento antes do crime. O vereador não gravou entrevista, mas também conversou com a reportagem da Mirante AM e confirmou que houve uma discussão antes do crime.
MOMENTO DA EXECUÇÃO
Um vídeo mostra a execução do empresário João Bosco na entrada do Tech Office, na Ponta do Farol, em São Luís. Pelas imagens, percebe-se que, aparentemente, o vereador Beto Castro (Avante) conhecia o atirador e tentou afastá-lo da vítima. Mas o assassino volta e dispara.
Um empresário, de 46 anos, foi morto a tiros, na tarde desta sexta-feira (19), em um edifício comercial no bairro Ponta d'Areia, em São Luís. A vítima foi identificada como João Bosco Pereira Oliveira Sobrinho, que trabalha com o ramo alimentício e acompanhava o vereador de São Luís Beto Castro.
De acordo com a Polícia Militar do Maranhão, testemunhas relataram que a vítima estava conversando com um homem, quando avistou uma terceira pessoa, identificado como autor dos disparos. O empresário teria tido uma breve discussão com o suspeito e em seguida, foi atingido na cabeça por três disparos.
Após ser alvejado, a vítima chegou a ficar alguns minutos consciente, mas não resistiu e morreu antes de ser atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O suspeito do crime fugiu do local e ainda não foi encontrado.
Equipes da Polícia Civil do Maranhão e do Instituto de Criminalística (ICRIM) foram acionadas e encaminhadas ao local para investigar o caso. As imagens de segurança do prédio vão passar por perícia. Segundo a polícia, João Bosco Pereira possuía registros criminais por atentado contra a liberdade de trabalho mediante violência ou ameaça grave, por estelionato e por ameaça e exercício arbitrário das próprias razões.
O vereador de São Luís Beto Castro falou ao blog do John Cutrim sobre a operação da Polícia Federal que realizou, na última sexta-feira (11), buscas em sua residência, no bairro de Fátima, em São Luís.
De acordo com o vereador, a PF identificou uma transferência de R$ 15 mil reais de uma empresa ligada ao deputado federal Josimar Maranhãozinho para a sua conta. “Dei as devidas explicações e ficou tudo certo. Não estou incluído no processo”, afirmou. Beto Casto disse ainda ao blog que teve que ir à sede da Polícia Federal porque foi localizada uma arma em sua residência durante as buscas.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a três deputados federais do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por suspeita de desvio de recursos de emendas parlamentares. Um dos alvos foi o deputado Josimar de Maranhãozinho (reveja).
A suspeita é que eles usariam um esquema de desvios articulado por Maranhãozinho, envolvendo empresas de fachada e dinheiro vivo. A operação é um desdobramento da investigação batizada de Ágio Final, deflagrada em dezembro de 2020.
Do Blog do Gilberto Léda - O vereador Marcelo Poeta (PCdoB), de São Luís, envolveu-se em uma confusão com um morador do Sacavém e acabou desferindo um soco contra o homem na manhã desta quinta-feira (05).
O comunista e o vereador Beto Castro (Avante) estavam no bairro para o início de obras de asfaltamento de ruas. Eles não foram bem recebidos.
Na presença de ambos, moradores faziam críticas alegando que políticos só apareciam nesses momentos, próximo das eleições.
Num dado instante, um dos presentes – que inicialmente discutia com Castro -, aproxima-se de Poeta e diz que tinha “vontade de dar um tapa em um vereador”. O comunista retruca: “Escolhe um aí”. O homem então se aproxima e leva um soco do parlamentar.
A Câmara Municipal de São Luís foi palco hoje de um dos episódios mais lamentáveis da política maranhense.
Uma discussão entre os vereadores Beto Castro e Honorato Fernandes, resultou em troca de acusações – gravíssimas, por sinal -, e encerramento da sessão.
O blog ainda não obteve a informação do que teria motivado a discussão, mas conseguiu um vídeo em que os vereadores, reeleitos em 2016, promovem a deplorável cena.
“Você é um bandido, bandido”, diz Beto Castro.
“Vossa excelência é um covarde”, rebate Honorato.
“Puxa as tuas contas. Mostra o teu patrimônio para comparar com o teu salário. Tu recebeu R$ 1 milhão e porrada aí, rapá [sic]. Passou perna em todo mundo com essas emendas aí. Tu sabe do que eu tô falando [sic]”, disse Beto Castro.
“Prove”, contesta, Honorato.
“Provo pelo teu instituto. Tu sobe naquela tribuna para dizer que é santo. E fale na minha frente, porque homem faz é assim. Olha no olho e fala. Tu é bandido, rapá. Lava dinheiro com emenda e vem com conversa pra cá rapá [sic]”, finalizou Beto Castro.
O clima ficou insustentável e a sessão acabou encerrada precocemente.
A discussão, contudo, ainda vai dar o que falar. Do Blog do Jorge Aragão.