Droga apreendida. |
“Desde que recebemos as informações do nosso setor de inteligência, direcionamos uma equipe para fazer o monitoramento. O imóvel ficou sob a mira dos policiais por cerca de uma semana. Depois que a equipe entrou na casa, que teria sido alugada justamente para a traficância, levou algum tempo até que conseguíssemos encontrar os entorpecentes”, explicou o delegado-adjunto Operacional da Polícia Civil, Luciano Bastos.
Os policiais chegaram até o local onde os entorpecentes foram encontrados após abordar um dos principais suspeitos, no bairro Renascença. O indivíduo foi questionado sobre o porquê de estar em São Luís e, inclusive, sobre o imóvel no Vinhais, que estava locado pelo grupo desde agosto. Tentou apresentar uma versão aos policiais, mas entrou em contradição. “Ele disse que, apesar do imóvel locado, estava hospedado em um hotel. Tentou levar a equipe para o local citado no intuito de redirecionar a atenção. Mas já estávamos monitorando a movimentação do grupo há mais de uma semana e sabíamos que o endereço certo era a casa”, contou o delegado Éderson Martins, superintendente da Senarc.
“Ao chegarmos na casa, encontramos com um casal. Eles também entraram em contradição por diversas vezes. A mulher, por exemplo, disse que teria vindo a São Luís para trabalhar como garota de programa, ao mesmo tempo em que agia como se fosse companheira do homem, que também disse ter vindo a trabalho”, completou o delegado Diego Schiavini, chefe do Departamento de Repressão ao Narcotráfico da Capital.
O homem abordado inicialmente é natural de Salvador, na Bahia. De acordo com a polícia, ele possui antecedentes por homicídio no estado e em São Paulo. Além disso, também possui passagem por porte ilegal de arma de fogo e uso de documento falso. É considerado um indivíduo de alta periculosidade pela polícia baiana. Quanto ao casal, apenas o homem possui antecedentes. Ele já figurou em processos relacionados a tráfico de drogas, roubo, furto, estelionato e crime de racismo. Ambos são naturais de Joinville, em Santa Catarina.
Quando os policiais adentraram ao imóvel, encontraram várias malas e outros apetrechos utilizados no tráfico de drogas, como rolos de plástico filme e de fita, além de máquina de embalagem a vácuo. Só depois de uma busca minuciosa que chegaram até o local em que a droga estava escondida: em um vão estreito entre a parede do imóvel e o muro de uma residência vizinha. “A droga estava bem escondida, eles tinham certeza de que não encontraríamos. Os tabletes de cocaína estavam envolvidos em, pelo menos, 15 camadas de plástico e fita. Acreditamos que a droga tenha chegado à capital por terra, pois eles possuíam um carro. Eles não informaram se São Luís seria o destino ou uma rota, disseram apenas que receberiam R$ 3 milhões pelo esquema”, ressaltou o delegado Éderson Martins.
Os indivíduos foram levados para a sede da Senarc, no Bairro de Fátima, onde foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Eles devem ser encaminhados ao Complexo Penitenciário São Luís, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário. A Polícia Civil do Maranhão continuará as investigações para determinar a origem e o destino da droga, pois há suspeitas de que o entorpecente poderia ser enviado para fora do país. Também seguirá apurando a possível participação de outras pessoas que estariam na casa e envolvidas no esquema.
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