Vereador Genival Cigano |
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (08/05), mandados de prisão e busca e apreensão da Operação Biditos, que tem como principais locais de ação os estados do Piauí, Ceará, Tutoia e Tocantins. No Piauí, a operação prendeu uma servidora federal de Parnaíba, um vereador, um funcionário público municipal e um empresário de Piripiri.
O vereador detido pela PF é Genival Santos Cordeiro (PV), conhecido como Genival Cigano. A “Operação Biditos” tem a finalidade de desarticular organização criminosa especializada em fraudes a benefícios assistenciais do INSS concedidos a idosos e deficientes.
Confira a nota da PF na íntegra:
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (08/05) a “Operação Biditos” com o fim de desarticular organização criminosa especializada em fraudes a benefícios assistenciais do INSS concedidos a idosos e deficientes. A investigação iniciou-se há aproximadamente oito meses e contou com o apoio da Gerência Executiva do INSS no Piauí.
Estão sendo cumpridos na Operação 10 Mandados de Prisão Preventiva, 09 Mandados de Prisão Temporária e 29 Mandados de Busca e Apreensão nos municípios de Piripiri, Parnaíba, Brasileira, Cocal, Barras, Tianguá/CE, Tutóia/MA e Paraíso do Tocantins/TO, todos expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal em Teresina/PI, cuja deflagração contou com a mobilização de 145 Policiais Federais dos Estados do Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba e Tocantins. A deflagração contou ainda com o apoio do Segundo Batalhão da Polícia Militar em Parnaíba/PI.
Dentre os presos há uma servidora do INSS em Parnaíba/PI, um vereador, um empresário e um funcionário público municipal, todos de Piripiri/PI. Identificou-se na investigação que a organização criminosa recebia mensalmente cerca de 320 benefícios assistenciais fraudulentos e adotava como modo de agir a criação de pessoas fictícias por meio da falsificação de documentos públicos (tais como certidões de nascimento, carteiras de identidade e CPFs, dentre outros), que eram utilizados para a obtenção dos benefícios em diversas agências do INSS no Piauí e Ceará.
Esses benefícios com indícios de fraude causaram um prejuízo efetivo ao INSS no montante de R$ 27.669.685,27. A Justiça Federal já determinou a suspensão de tais benefícios, medida que evitará um prejuízo mensal ao INSS de R$ 305.280,00 e um prejuízo futuro estimado superior a 19 milhões de reais. Os investigados deverão responder pelos crimes de associação criminosa (artigo 288 do CPB), estelionato qualificado (artigo 171, § 3º, do CPB), falsidade ideológica (artigo 299 do CPB) e uso de documento falso (artigo 304 do CPB).
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