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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Idosa de 77 anos é presa injustamente no interior do Maranhão acusada de tráfico de drogas; sobrinha morreu

Idosa presa injustamente.
Depois de passar um dia dentro de uma cela em Bacabal, uma idosa de 77 anos presa por um crime que não cometeu tenta lidar com as marcas de um erro. Francisca Alves Feitosa dos Santos voltou para casa na zona rural de Bacabal nesta quarta-feira (28) após deixar a cadeia. A idosa foi presa na terça-feira (27) em cumprimento de mandado de prisão por tráfico de drogas ocorrido em Porto Velho, em Rondônia, em agosto de 2020.

Moradora do povoado Aldeia do Odino há mais de 50 anos, Francisca trabalha na roça e num primeiro momento pensou que tudo se tratava de uma brincadeira da família. No entanto, infelizmente, a situação era real. “Eu cheguei do serviço (roça) e eles falaram que eu estava presa. Me botaram lá no chão como uma cachorra, mas nunca matei, roubei ninguém. Me levaram presa sem eu nem saber a razão. Fiquei esse tempo todo sem comer, sem botar um caroço de arroz ou de feijão na boca. Eu sempre trabalhei, não devo nada, mas fui presa”, desabafou.

Acontece que dona Francisca nunca esteve em outro estado. Por meio de advogado, a família conseguiu provar o equívoco da Justiça de Rondônia e a prisão acabou sendo revogada durante audiência de custódia em Bacabal. O advogado disse que tudo começou quando um homem chamado Diego Alves foi preso transportando tabletes de cocaína, em Rondônia. Este homem foi julgado e condenado a 5 anos e 8 meses de prisão pelo crime de tráfico de drogas em decisão da 1ª Vara Criminal de Porto Velho.


No entanto, ao invés de registrar os dados pessoais do condenado no sistema do Banco Nacional de Mandado de Prisão, acabou sendo inserido as informações de Dona Francisca, moradora de Bacabal, no Maranhão. “Quando tivemos acesso ao processo vimos que a situação era muito mais bizarra do que parecia. Um homem chamado Diego Alves foi preso transportando tabletes de cocaína, em Rondônia, e foi até condenado. Mas aí que vem o mistério, alguém inseriu os dados da dona Francisca no banco nacional de mandados de prisão”, explicou.

A soltura da idosa só foi possível, porque a defesa demonstrou que ela não respondia a qualquer processo em Rondônia, que não possuía carteira de habilitação e sequer sabia dirigir, além de ter sido apresentada uma foto do verdadeiro culpado pelo crime descrito no processo. Mas, apesar de ter sido colocada em liberdade, a prisão de dona Francisca abalou toda a família. Segundo o advogado, uma sobrinha dela ficou bastante nervosa com a prisão da idosa, teve um infarto e veio a falecer. O advogado de defesa afirmou que após o período de luto da família, vai encaminhar uma ação reparadora pelos danos causados pelo processo.

Confira a reportagem da TV Difusora de Bacabal:


Do Portal Difusora ON.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Carreta que transportava 445kg de cocaína de Rondônia para Fortaleza é apreendida no Maranhão; motorista receberia R$ 30 mil

PRF apreendeu a carreta.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

Na tarde desta terça-feira (11), por volta das 16h, uma carreta que transportava 445,30kg de cloridrato de cocaína foi apreendida pela polícia rodoviária federal na BR-230, em Balsas. O entorpecente estava escondido em um compartimento na carroceria do veículo, que realizava o transporte de soja.

Segundo a PRF, a combinação veicular (caminhão e dois semirreboques) estava transitando muito devagar, possivelmente por excesso de carga, o que chamou a atenção da equipe para proceder a abordagem. Desta forma, a carreta foi encaminhada para pesagem, sendo constatado excesso de peso em quase 3 mil quilos.

Ao proceder a verificação da carga transportada, foi observado que no compartimento de carga do último semirreboque havia diferença na profundidade e altura da carroceria, o que levantou a suspeita de que havia algum compartimento oculto na carga. Ao questionar o condutor, o mesmo confirmou que estava transportando drogas. Segundo ele, não sabia qual tipo de droga e nem quantos quilos, mas que ia receber o valor de R$ 30 mil pelo transporte da carga, que saiu de Rondônia e tinha como destino Fortaleza, no Ceará. 

O quilo do cloridrato de cocaína custa, aproximadamente, R$ 180.000,00. Com essa apreensão, o prejuízo para os traficantes é de mais de R$ 80 milhões.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Polícia Civil do Maranhão deflagra super operação contra quadrilha que lavava dinheiro do tráfico; R$ 400 milhões foram bloqueados

Operação Mad Maria.
A Polícia Civil do Estado do Maranhão, em parceria com a Polícia Civil de Rondônia, realizou nesta sexta-feira (05) uma super operação na cidade de Porto Velho, no Estado de Rondônia (RO), a respeito de um suposto esquema de venda de entorpecentes que envolvia uma empresa em São Luís. Os suspeitos envolvidos na operação teriam ligação com grupos criminosos do tráfico internacional de drogas.

A super operação policial resultou no cumprimento de medidas cautelares com bloqueio de bens na ordem de até R$ 400 milhões, incluindo 12 veículos e 3 embarcações, pertencentes ao grupo suspeito de criar empresas de fachada para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

A operação foi realizada pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/SEIC), integrante da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP/MA), com o apoio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), de Rondônia. O resultado do esforço conjunto, empreendido na manhã desta sexta-feira (05), foram 36 medidas cautelares, constante de mandados de busca e apreensão e medidas constritivas de patrimônio.

O nome da operação é Mad Maria, assim chamada em alusão à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ligação ferroviária entre o Brasil à Bolívia, uma das rotas do tráfico internacional de drogas. "A operação Mad Maria, estruturada a partir de investigação iniciada em São Luís contra grupo envolvido com narcotráfico e outros crimes, buscou identificar e bloquear bens móveis e imóveis, assim como ativos financeiros em contas bancárias a partir da descoberta de pessoas físicas e jurídicas que atuam como laranjas permitindo assim a circulação do dinheiro ilícito obtido com delitos variados. A Seic, por meio do seu Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), realiza de forma permanente esse tipo de investigação envolvendo facções e organizações criminosas no Maranhão, produzindo resultados positivos para o combate à este tipo de crime não apenas âmbito estadual, mas dentro e fora do país", ressaltou o delegado Augusto Barros, Superintende Estadual de Investigações Criminais (Seinc).

Investigação

A ação é resultado da investigação policial contida no Inquérito Policial de nº 09/2023-DCCO/SEIC, à qual apurou-se que uma empresa (cuja identificação ainda não foi divulgada pelas autoridades policiais que conduzem as ações) com sede em Porto Velho (RO) recebia recursos oriundos da venda de entorpecentes realizada em São Luís.

Além disso, segundo informações da Polícia, o sócio proprietário desta empresa movimentava, por meio de empreendimentos de fachada e de interpostas pessoas, recursos financeiros incompatíveis com a capacidade econômica das firmas e de seus rendimentos, valores estes que somados alcançaram, em um ano, a importância de R$ 187.581.494,00 (cento e oitenta e sete milhões, quinhentos e oitenta e um mil, quatrocentos e noventa e quatro reais).

Nota-se, contudo, que nesta ação policial foi dado cumprimento à mandado judicial que decretou bloqueio de valores superiores a R$ 400 milhões, bem como o sequestro de 12 (doze) veículos e 3 (três) embarcações. Os suspeitos detidos na operação foram indiciados pelos crimes de Associação para o Tráfico de Drogas e Lavagem de Capitais, previstos, respectivamente, no artigo 35 da lei nº 11.343/2006, e no artigo 1º da Lei nº 9.613/98.

A ação contou com o apoio logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, através do Projeto M.O.S.A.I.C.O., viabilizando o trabalho integrado entre as Polícias Civis dos Estados do Maranhão e Rondônia no enfrentamento ao crime organizado.

Projeto M.O.S.A.I.C.O.

O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Operações Integradas, por meio da Coordenação-Geral de Combate ao Crime Organizado (CCGO/Seopi), para auxiliar investigações policiais em todas as unidades da Federação. Sob o acrônimo: Modernização (M), Operações (O), Segurança Pública (S), Autonomia (A), Integração (I), Combate (C), Organizações criminosas (O), o projeto foi concebido para auxiliar as Polícias Civis e Federal na desarticulação das chamadas ORCRIMS (organizações criminosas). O projeto possui três eixos de atuação: operações, capacitações e aquisições para fomentar as investigações patrimoniais, a recuperação de ativos e a atuação em rede.