segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Mãe do bebê que morreu em tragédia em Itapecuru-Mirim fala sobre o caso e diz que não foi acidente

Advogada Layane Oliveira.
Por Blog do Alpanir Mesquita.

A advogada Layane Oliveira, mãe do bebê que apenas três meses que morreu após colisão em Itapecuru-Mirim na noite da última quarta-feira (29), se pronunciou oficialmente sobre a tragédia (saiba mais). Ela encaminhou um texto relatando como tudo aconteceu ao site Itapecuru Notícias, do jornalista Alberto Júnior. 

A advogada fala de mais uma pessoa presente no carro ao qual estava, diz que não sabia da relação extraconjugal entra a amiga Sthefanne e o empresário Fagner Coelho, que morreu no local, e reforça que a tragédia não foi acidente. Veja na íntegra abaixo:

Domingo, 02 de Agosto de 2020

Eu moro no Entroncamento [povoado a 12km do centro da cidade], não ia pra Itapecuru nesse dia, mas precisei ir buscar um cabo na casa de um amigo pra poder scannear uns processos que tinha pra dar entrada.

Recebi uma msg de Sthefanne pra ir lanchar, então como já ia buscar o cabo, acabei decidindo também ir lanchar. Fui tomar banho, arrumei meu lho e chamei minha cunhada pra ir comigo. Fomos. Busquei Sthefanne na casa dela e de lá fomos no Brocados [hamburgueria no centro].

Quero ressaltar, não que importe, que eu não sabia da relação da Sthefanne com o sujeito até pouco tempo atrás, sabia que ela tinha um relacionamento, mas não sabia quem era. Depois descobri que ele era casado e agressivo, (eu percebia a agressividade dele através da forma que ela se comportava quando ele ligava pra ela) então comecei a aconselhar que ela terminasse esse relacionamento. E depois que a esposa dele descobriu que ela me contou quem era.

Lá no Brocados comemos e ela contou sobre a situação que ocorreu com a esposa dele, Ela [a esposa] botou alguém pra segui-la e quando a encontrou sozinha foram às vias de fato e depois a Sthefanne registrou um B.O.[Boletim de ocorrência] e estava me perguntando como proceder.

Durante o lanche ele ligou algumas vezes, queria falar comigo, como sabia que ele estava bêbado e eu nunca quis me envolver nisso, não aceitei falar com ele. Terminamos de lanchar, pagamos e fomos pro carro. Joaquim [o bebê falecido no acidente] estava mamando e então não me atentei a colocá-lo na cadeirinha, logo porque ainda íamos encostar na farmácia e íamos na casa desse amigo buscar o cabo, então o entreguei a minha cunhada que estava no banco do passageiro e saímos.

Quando estávamos saindo ele chegou no Brocados. Segundo minha cunhada, eu estava falando com o pai do meu lho então não prestei atenção, a Sthefanne conversou com ele no celular e falou o carro que estávamos (o carro que estávamos era do meu pai, ele tinha acabado de comprar e só quem andava nele era meu irmão). 

Chegando no retorno do relógio[cruzamento das avenidas Brasil e Gomes de Souza] ele nos acompanhou, abaixei o vidro de trás, onde Sthefanne estava, e ele queria que eu abaixasse o da frente, ele queria falar cmg porque achava que eu tinha algo a ver com a questão do B.O. Não o fiz. Continuei indo e ele seguiu a gente e ficou pedindo parada.

Logo depois do Verás Bar [Bairro da Piçarra] eu estacionei o carro com intenção de fazer cessar a perseguição e travei todas as portas e abaixei apenas o vidro da Sthefanne, ele chegou olhou TODO MUNDO QUE ESTAVA DENTRO, principalmente meu filho, e começou a gritar e logo depois deu um soco no rosto da Sthefanne, levantei o vidro dela e ele começou a socar o carro, então eu arranquei com o carro e fiz o retorno com o intuito de ir até a delegacia.

Pensei em ir por dentro [ruas adjacentes à avenida], mas como ele tinha uma arma ficamos com medo dele atirar então decidimos ir pela BR mesmo, pois na nossa cabeça ele não faria nada com a gente na frente de tantas testemunhas. Chegando mais ou menos na frente da Vasconcelos ele começou a desacelerar, foi quando achei que ele tinha desistido e me “despreocupei”.

Quando olhei novamente no retrovisor ele já estava “em cima” e não tive como fazer nada. Ele acertou o carro com o intuito de nos matar, não tenho dúvidas.

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