domingo, 24 de março de 2019

UEMA alerta população para chuvas mais fortes no Maranhão

Anil ficou alagado durante chuva neste domingo (24).
Chuvas mais fortes e intensas vão permanecer e a tendência é que ultrapassem a média climatológica prevista, o alerta é do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Segundo o chefe do laboratório de meteorologia do Núcleo Geoambiental, Gunter de Azevedo Reschke, da meia noite do dia 24 até às 9h, foram registrados 150 milímetros de chuvas. O acumulado de chuvas nas últimas 24 horas foi de 217 milímetros – que representa 49,2% da média climatológica prevista para o mês de março que é de 428 milímetros.

O alto volume de chuvas é causado pela ação da Zona de Convergência Intertropical, que está mais presente este ano, informa o meteorologista. “A ação deste sistema provoca chuvas mais volumosas e persistentes, abrangendo todo o Norte e Nordeste do país e é o principal sistema causador de chuvas no Maranhão”, ressalta. A zona atua de janeiro a abril e é responsável por 70% das chuvas no Maranhão.

Devido a esse fator, a média climatológica prevista para março já foi superada. Do dia 1º até às 9h de domingo foram 582 milímetros de chuvas na capital. “Ou seja, já choveu 26,4% a mais do previsto na média climatológica, nestes dias do mês. E vai chover ainda mais para os próximos dias”, alerta. Segundo as previsões, março deve ultrapassar os 600 milímetros de chuvas.

De acordo com o Núcleo Geoambiental da Uema, a capital contabilizou cinco anos consecutivos com chuvas abaixo do esperado – de 2012 a 2016; e outros dois anos com águas na média prevista – 2017 e 2018. A média climatológica anual para São Luís é de 2.290 e ficou 40% abaixo da média nestes períodos. Para 2019, a previsão é que alcance 2.500 milímetros até o final do ano – acima da média histórica.

“E temos ainda o mês de abril, que historicamente é o mais chuvoso do período no Maranhão, e que também deve ter a média climatológica de chuvas superada”, explica Gunter Reschke. Para abril, a previsão é de 476 milímetros, com maior incidência nos municípios do Centro-Norte do Maranhão, onde se encontra a capital.

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