Bebê cardiopata recebe cuidados na UTI Pediátrica Cardiológica do Hospital Carlos Macieira. (Foto: Márcio Sampaio). |
O Maranhão teve a abertura de 216 leitos de cuidados intensivos de gestão pública estadual, desde 2015, quando o governador Flávio Dino assumiu pela primeira vez o comando do Governo do Estado. No ano anterior, o Estado possuía 245 leitos de UTI. Portanto, o aumento registrado é de 88,1% em pouco mais de quatro anos.
O maior aumento registrado foi em relação às UTIs adultas. Antes de 2015, as unidades estaduais de saúde possuíam 82 leitos do tipo, concentradas em São Luís (62), Coroatá (10) e Presidente Dutra (10). Desde então, o número de vagas na área crítica destinada à internação de pacientes graves aumentou 132,9%, passando para 191 leitos.
A expansão culminou, também, na regionalização dos cuidados intensivos tanto em São Luís, como para o interior do estado. “A expansão de leitos de UTI/UCI no Maranhão acompanhou a ampliação de serviços públicos de saúde para todo o Estado. Um paciente em estado grave corria muitos riscos ao ser transportado para São Luís. Ao abrir leitos no interior do estado, aumentamos a assistência em saúde e as chances de salvar a vida dos maranhenses”, destaca o secretário de estado de Saúde, Carlos Lula.
Em São Luís, foram abertas UTIs adultos na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (8), Hospital de Câncer do Maranhão (5), Hospital Dr. Carlos Macieira (6), Hospital de Traumatologia e Ortopedia (10) e Hospital Dr. Adelson de Souza Lopes (10), na Vila Luizão.
No interior do Maranhão, os hospitais Regional Dr. Everaldo Ferreira Aragão (10), em Caxias; Macrorregional Dra. Ruth Noleto (10), em Imperatriz; Regional Dra. Laura Vasconcelos (10), em Bacabal; Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago (10), em Pinheiro; Regional Tomás Martins (10), de Santa Inês; Regional de Balsas (10); e Regional de Chapadinha (10). Outro destaque foi a criação de 49 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) adultos, que até então eram inexistentes do Estado.
As UTI pediátricas tiveram um acréscimo de 90%, passando de 10 leitos para 19. Os nove novos leitos fazem parte da estrutura da UTI Pediátrica Cardiológica do Hospital Carlos Macieira (HCM), entregue em julho do ano passado. O serviço foi o primeiro da rede estadual voltado a crianças cardiopatas.
Um dos pacientes da unidade é Keven Santos Sousa, 8 meses, que nasceu com cardiopatia e Síndrome de Down. Após passar o primeiro mês de vida na UTI neonatal do Hospital Infantil Juvêncio Mattos, ele foi liberado para voltar para casa. Mas voltou a ser internado com complicações em outro hospital, antes de ser transferido para o HCM, onde foi operado e está em recuperação.
“Essa UTI já ajudou muito e tenho fé que vai ajudar mais. Muitas mães tinham que viajar para operar o filho. Meu filho fez aqui, se fosse para viajar, eu ia ter de dar um jeito, mas não foi preciso. Eu não vejo a hora de levar meu filho para casa, com o coraçãozinho dele curado. As vezes, acho que estou sonhando. É um milagre de Deus”, afirma a mãe do Keven, a lavradora do município de Barreirinhas, Maria do Livramento Silva Santos.
Os últimos leitos entregues pelo Governo do Estado foram no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, em São Luís, que passou a contar com 10 novos leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo). No total, os leitos desse tipo foram ampliados de 34 para 67 leitos (+97%) em todo o estado.
Já as UTIs neonatais aumentaram de 101 para 115 leitos (+13,8%) e as Unidades de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) de 18 para 20 (+11,1%).
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