Iogurte sendo transportado de forma inadequada em Itapecuru-Mirim. |
Dando continuidade à intensificação das ações fiscalizatórias em 2017, visando coibir o trânsito irregular de animais, seus produtos e subprodutos, especialmente na Semana Santa que envolve um considerável aumento no consumo e trânsito de pescado (peixe, camarão, crustáceos, etc.), a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED) através do Setor de Trânsito, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar (PM) realizou a Operação “Na rota do Peixe”, cujo alvo foi o transporte de pescado de forma geral.
Com o objetivo de garantir a oferta de produtos de qualidade e preservar a saúde pública da população Maranhense, as ações ocorreram nas BRs 135 e 316, nos Postos da Polícia Rodoviária Federal, nos Municípios de Itapecuru Mirim e Santa Inês. Além das Volantes Agropecuárias desenvolvidas por equipes especiais designadas pela Aged Central, foram planejadas e executadas simultaneamente a essas, cerca de 28 blitzes pelas ULSAVs das Regionais de São Luís, Rosário, Chapadinha, Pinheiro, Viana, Zé Doca, Pedreiras, Itapecuru Mirim, Santa Inês e Bacabal.
Pescados sem acondicionamento. |
Em quase 96h de operação, foram fiscalizados cerca de 267 veículos; entre carros de passeio, veículos utilitários, caminhões frigorificados, boiadeiros, ônibus, vans, entre outros. Paralelo às fiscalizações, foi desenvolvida uma ação educativa, onde foram repassadas informações aos condutores e passageiros quanto à forma correta de acondicionar os alimentos trazidos ou levados por eles, além da distribuição de panfletos.
Durante a realização das Volantes Agropecuárias, foram aplicados 13 autos de infração, que juntos somaram R$ 19.195,00 em multa, neste caso, as infrações foram pela ausência de documentação sanitária obrigatória para o transporte de pescado (nota fiscal), mau acondicionamento (pouco ou nenhum gelo, peixes fora da caixa de isopor ou basquetas plásticas) e transporte em veículo inadequado (peixes na lona em carrocerias de caminhonetes), além da ausência de documentação sanitária para o transporte de animais (GTA ou e-GTA).
Em Itapecuru Mirim, foi constatado também, o transporte de 1.700 Kg de iogurte em um caminhão frigorificado, que estava com o sistema gerador de frio desligado, impossibilitando a manutenção da temperatura ideal e correta desse tipo de produto altamente perecível, durante o transporte. O mesmo se deu com 19 litros de mel encontrados em garrafas pet de refrigerante e 40 litros de azeite de coco babaçu armazenados em embalagens de agrotóxico. Todos os produtos foram apreendidos e destruídos.
O saldo final da operação que abrangeu fiscalização de animais, produtos e matérias-primas consistiu em: 60.583 kg de pescado (matéria prima) – peixe e camarão, 863 kg de pescado (produto), 3.615 caranguejos, 422 bovinos, 20.474 aves, 02 ovinos, 06 equinos, 580 caixas de ovos comuns, 11.720 kg de ovos comuns, 1.000 kg de ovos líquidos, 100.950 kg de carne bovina com e sem osso e 7.000 kg de leite e derivados.
Caranguejos apreendidos. |
A Fiscal Estadual Agropecuária, Michelle Lemos destacou a importância dessa operação e classificou o seu resultado como muito positivo, ressaltando o trabalho realizado pela Aged. “Preocupa-nos a atitude de muitos dos transportadores, que colocam em risco a saúde pública, como aqueles que reaproveitam embalagens de agrotóxicos para acondicionar alimentos, ou aqueles que transportam pescados, mal acondicionados, em veículos inadequados e simplesmente ignoram a importância de um acondicionamento correto do alimento que comercializam, e por vezes até consomem, por isso, uma operação como essa é sempre muito positiva, uma vez que retiramos de circulação e impedimos de chegar até ao consumidor final, produtos impróprios ou que trazem risco ao seu consumo.” Afirmou
Para o Presidente da Aged, Sebastião Anchieta essas operações asseguram produtos de qualidade, visando preservar a saúde pública em todo o estado. “A operação atingiu vários municípios do nosso estado, vamos continuar fortalecendo as fiscalizações e as ações educativas, pois todo esse trabalho que estamos desenvolvendo tem o objetivo de garantir a segurança alimentar da população maranhense.” Disse.
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