Base de Alcântara. |
A informação é do jornal Estadão de São Paulo. Para se chegar à proposta, um grupo interministerial com participação de oficiais da Força elaborou um relatório que defende que a estatal tenha primazia na exploração comercial das atividades privadas na base de Alcântara. O material também menciona a empresa de Elon Musk.
O relatório inclui um estudo de mercado em que foram mapeadas as principais participantes do setor, daí a citação da Space X como uma das mais inovadoras. Há informações sobre a capacidade da companhia de reutilizar foguetes já lançados e destaque à sua rede de satélites, a Starlink, considerada a maior do mundo.
“A Space X domina a reutilização e executa os lançamentos da Starlink em custo marginal, com a recuperação e reutilização do Falcon 9 se tornando um novo padrão, o primeiro lançador totalmente reutilizável, abrindo o caminho para lançamento a custo marginal”, diz o texto. Outras empresas também são citadas, como a Virgin Galactic e a Blue Origin.
As Forças Armadas já mantêm parcerias com Musk. Em agosto, o Comando Militar da Amazônia (CMA), que atende aos Estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre e atua na proteção das fronteiras, contratou o serviço de internet da Starlink para unidades militares daquela região. Em setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação sobre um suposto favorecimento na licitação, de R$ 5 milhões. De acordo com a denúncia, a empresa era a única capaz de atender às exigências do edital. O Exército disponibilizou ainda 100 pontos de internet da rede de satélites para comunidades localizadas no Rio Grande do Sul durante as enchentes que mataram mais de 170 pessoas no Estado.
Ao justificar a importância do projeto de criação da Alada, os militares citam as necessidades de comunicação via satélite do governo, o fornecimento de internet banda larga e o apoio a missões militares, demandas já atendidas pela Starlink no país. Elon Musk, por outro lado, tem sido criticado por Lula e enfrenta resistência do Supremo Tribunal Federal (STF), sobretudo do ministro Alexandre de Moraes, o que chegou a resultar na suspensão da rede social X no Brasil. Independentemente disso, a Aeronáutica acredita que a empresa do bilionário é a mais preparada para assumir o lançamento de foguetes a partir do solo maranhense.
Do Imirante.
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