Hospital Estadual Dirceu Arcoverde. |
No dia 24 de abril deste ano, por volta de 1h, na Rua da Quadra Gastão Vieira, os usuários de drogas Adebaldo Rodrigues da Silva e Emanuel Tarcisio de Andrade foram à casa do réu para adquirir entorpecentes, mas foram informados que a droga já havia acabado.
Após as vítimas dizerem que iam comprar a droga em outra boca de fumo e saírem, o réu chamou os dois de volta, e depois de perguntar qual droga queriam, sacou a arma de fogo, atirou na cabeça de Silva. Andrade tentou fugir e foi atingido com um disparo próximo à cintura, pelas costas. Silva foi socorrido pela testemunha João Batista Lima, mas morreu no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba (PI), após dez dias internado na UTI. Andrade sobreviveu e foi ouvido no processo.
O promotor de Justiça Luciano Henrique Sousa Benigno denunciou o réu à Justiça pelos crimes de homicídio qualificado contra a vítima Adebaldo Rodrigues da Silva, e tentativa de homicídio qualificado contra a vítima Emanuel Tarcisio de Andrade.
HOMICÍDIO E TENTATIVA DE HOMICÍDIO
O Conselho de Sentença, por maioria de votos, reconheceu a materialidade e a autoria dos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, conforme quesitos submetidos à apreciação dos jurados. Diante da vontade dos jurados, a juíza Lyanne de Sousa Brasil julgou procedente a denúncia do Ministério Público e condenou o réu. Somadas as penas atribuídas a cada crime, o réu foi condenado a 32 anos e um mês de reclusão, em regime fechado, na Unidade Prisional de São Luís.
“Analisando as circunstâncias judiciais contidas no artigo 59 do CP (Código Penal), denoto que o réu agiu com culpabilidade reprovável, haja vista que agiu com premeditação e frieza, tendo, ainda, aproveitado do período noturno e se evadido do distrito da culpa”, frisou a juíza na sentença condenatória.
A juíza negou a substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direito, bem como a aplicação da suspensão condicional da pena, uma vez que ele não preenche as exigências do Código Penal.
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