Candidatos à presidência do Brasil. |
Promovido pela Rede Globo, o último debate antes do primeiro turno foi recheado de faíscas entre os candidatos à Presidência da República. As trocas de acusações provocaram 10 pedidos de direito de resposta.
O recurso é concedido aos postulantes que se sentiram ofendidos por falas dos adversários. Já no primeiro bloco do debate promovido na noite de quinta-feira (29), Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiveram uma sequência de embates, nos quais os dois se acusaram de “mentirosos”. O atual mandatário chamou o petista de “ex-presidiário” e “traidor da pátria”. Lula revidou no mesmo tom, acusando Bolsonaro de propagar mentiras.
O ex-presidente também pediu direito de resposta quando o atual titular do Planalto o acusou de envolvimento na morte do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel. “Não é possível conviver com alguém com a cara de pau do presidente. O Celso Daniel era meu amigo, ele foi chamado da prefeitura para coordenar o meu programa de governo de 2002. Agora, você culpar o Lula pela morte do Celso Daniel? Seja responsável, você tem uma filha de 10 anos vendo o programa”, afirmou Lula.
Em um dos momentos de interrupção, Lula se lamentou por “atrapalhar o debate”. “Confesso ao povo que está nos assistindo que eu me sinto mal. Uma sensação de estar atrapalhando o debate, quando poderíamos estar discutindo o futuro deste país”.
Outra dupla que protagonizou uma série de confrontos foi Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB). A candidata do União Brasil disse que o sacerdote é um “padre de festa junina” e “cabo eleitoral” de Bolsonaro. Kelmon também teve um embate com o ex-presidente Lula, que o chamou de “impostor” e “safado”. “Eu sou cristão, sou casado na igreja, batizado, crismado e frequentador de igreja. Mas eu não estou vendo na sua cara um representante da igreja. Estou vendo um impostor. Alguém disfarçado aqui na minha frente. Só não sei como conseguiu enganar tanta gente”, disse o petista.
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Do Metrópoles.
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