Trabalhadores viviam em alojamento precário. |
De acordo com as primeiras informações divulgadas, os trabalhadores foram atraídos por uma oferta de trabalho no corte de cana-de-açúcar e chegaram do Maranhão à propriedade no início de março. Eles são naturais de Vitória do Mearim.
Como pagamento, eles receberiam R$ 130 por dia, sem nenhum desconto. Mas, de acordo com o órgão, o pagamento foi menor, no valor de R$ 70, e os empregadores ainda cobraram pelo transporte do Maranhão para Ituverava e também pelos colchões onde eles dormiam. De acordo com as autoridades, a situação configura trabalho análogo à escravidão e aliciamento.
Além das irregularidades no pagamento, os fiscais encontraram alojamentos precários na fazenda. As instalações não tinham ventilação ou armários, e não havia colchões para todos os trabalhadores. Também faltavam equipamentos de segurança para a atividade nas lavouras.
A denúncia foi feita ao Ministério Público do Trabalho (MPT) de Ribeirão Preto, que encaminhou o caso à Inspeção do Trabalho da Gerência Regional em Franca (SP).
Após análise, foram constatados indícios de irregularidades e a operação que realizou o flagrante foi articulada pela Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae). Nesta terça-feira, a ação coordenada por auditores fiscais do trabalho teve ainda a participação do MPT e da Polícia Rodoviária Federal.
O nome do empreiteiro responsável pelo transporte do grupo do Maranhão até o interior de São Paulo não foi revelado. Ainda segundo a força-tarefa, os contratos serão rescindidos e os 22 trabalhadores estão a caminho do estado de origem.
Do G1 SP.
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