General Mourão. |
Blog do Aquiles Emir.
Desde 1985, quando João Batista Figueiredo saiu do Palácio do Planalto, pelas portas dos fundos, para não entregar a faixa presidencial a José Sarney, que um militar não governa o Brasil, mas na noite deste domingo (20) o general Hamilton Mourão foi empossado interinamente no cargo e nele ficará até sexta-feira (25) quando o titular, Jair Bolsonaro, retorna de sua primeira viagem internacional para participar do Forum Econômico Mundial em Davos (Suíça).
As circunstâncias que levam Mourão assumir, ainda que interinamente, a Presidência são bem diferentes do ciclo iniciado em 1964, quando João Goulart foi afastado e o Exército assumiu o governo. Foram cinco generais que se sucederam: Humberto Castelo Branco (1964 a 1967), Arthur da Costa e Silva (1967 a 1969), Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974), Ernesto Geisel (1974 a 1979) e João Figueiredo (1979 a 1985). Mourão chega pelo voto popular, pois que foi eleito na chapa de Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército. Ambos, portanto, governam na condição de civis.
A presença de militares na Presidência começa com a fundação da República, já que o primeiro presidente, Deodoro da Fonseca (1889 a 1891), era um marechal (patente que foi excluída da hierarquia do Exército). Depois dele vieram Floriano Peixoto (1891 a 1894), Hermes da Fonseca (1910 e 1914), a Junta Militar de 1930 (Augusto Fragoso, José Isaías de Noronha e João de Deus Barreto), Eurico Gaspar Dutra (1946 a 1951) e o quinteto que foi de 1964 a 1985.
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