Veículo recuperado em Buriticupu. |
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o apoio das polícias civis do Maranhão e Bahia, deflagrou entre os dias 2 e 10 de novembro, a Operação Hircus IV, que teve como objetivo o combate à fraudes veiculares e a recuperação de veículos adulterados, roubados ou furtados que circulavam nesses dois estados. A operação foi executada em 32 municípios e resultou na prisão de 95 pessoas e na recuperação de 76 motocicletas e 51 automóveis, totalizando 127 veículos, além da apreensão de diversos documentos falsos e outros itens ligados à fraudes veiculares.
A operação contou com cerca de 50 agentes da PRF atuando por dia, durante os 8 dias de ação operacional. Todos os agentes envolvidos são especializados no combate à fraudes veiculares e de apoio de inteligência. No Maranhão, os policiais atuaram nos municípios do sudoeste e na baixada maranhense além de ações na região dos Lençóis, Baixo Parnaíba, Cocais e no centro do estado. Na Bahia, os policiais concentraram suas ações em regiões distantes da capital, especialmente no oeste do estado.
O combate às fraudes veiculares é uma das áreas de atuação ordinárias da PRF e ações pontuais como a Hircus IV são realizadas quando se verifica uma maior incidência desse tipo de crime em determinadas regiões do país. De primeiro de janeiro ao dia dez de novembro deste ano, as apreensões de veículos realizadas pela PRF alcançaram a marca de 7.031 veículos que, comparada com os 5.731 veículos apreendidos no mesmo período do ano passado corresponde a um crescimento de 22%.
Como funciona o crime
O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Na primeira fase temos claramente identificada a primeira vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos.
Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado.
A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
Fonte: PRF.
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