sábado, 27 de junho de 2020

Assassino confesso do sobrinho-neto de Sarney diz que foi agredido pela vítima

Assassino e vítima.
A Polícia Civil anunciou que fará nesta segunda-feira (29) uma reconstituição do assassinato do publicitário Diogo Costa, ocorrido no dia 16 de junho na região da Lagoa da Jansen, em São Luís. O objetivo é entender melhor a dinâmica do crime com base nas imagens de videomonitoramento, depoimento de testemunhas e também a confissão de Raimundo Cláudio Diniz, de 43 anos, que foi preso nesta sexta-feira (26) após se entregar na delegacia (saiba mais).

O delegado George Marques, da Superintendência de Homicídios, deu mais detalhes sobre as investigações que levaram até Raimundo e o carro usado no crime. "No dia 13 de junho, por volta das 15h40, um motorista de aplicativo teve seu veículo roubado. Tivemos informações de que o carro estava em Santa Helena e recuperamos o veículo. A pessoa que estava com o veículo disse que teria recebido o carro como garantia para a compra de outro veículo e disse quem tinha levado para ele", disse o delegado.

Após saber quem tinha levado o veículo para Santa Helena, a polícia descobriu Raimundo Cláudio no bairro São Raimundo, em São Luís. Foi então que ele entendeu que acabaria preso e preferiu se entregar com um advogado. Raimundo confessou o roubo do veículo e disse que foi ele quem efetuou o disparo contra Diogo.

"Ele [Raimundo] alega que estava passando com o carro, quando a vítima [Diogo] estava saindo de uma garagem de forma brusca, segundo Raimundo. Ele teria feito um desvio para não colidir com o veículo. Depois, ele alega que continuou seguindo para onde ele ia, junto com dois comparsas no veículo. No momento em que ele parou para dobrar na avenida da Lagoa da Jansen, a vítima teria emparelhado o veículo e trancado. Nesse momento, o Raimundo diz que o Diogo teria descido, gesticulado e falado palavras de baixo calão. Depois, o Raimundo diz que baixou o vidro do veículo, recebeu um tapa no peito, e aí pegou a arma de fogo de um comparsa e disparou contra Diogo", declarou o delegado George Marques.

Em depoimento, Raimundo Cláudio também confessou que a arma usada no crime e o veículo haviam sido roubados três dias antes do crime em uma área nobre da capital maranhense. Após o roubo, a placa do crime foi adulterada, como foi indicado pela perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (ICRIM).

Segundo a polícia, o veículo seria usado para cometer assaltos em São Luís. Com a ajuda das informações dadas por Raimundo Cláudio durante o depoimento, o carro foi recuperado e está a caminho da capital maranhense.

O advogado de defesa do suspeito explicou que Raimundo procurou por ajuda jurídica na quinta-feira (25) e avisou que iria se entregar à polícia, pois acreditava que o 'cerco já estava se fechando contra ele'. Desde o dia do crime, que aconteceu há dez dias, ele estava escondido na casa de uma irmã. Após uma triagem inicial realizada, ficou constatado que ele não possui antecedentes criminais.

Adulteração

Ao advogado de defesa, Raimundo Cláudio Diniz contou que ajudou no roubo do carro, mas não participou da adulteração da placa do veículo. Ele afirmou que conhecia os outros dois homens há pouco tempo e que a arma usada no crime seria de uma dessas pessoas.

A polícia informou que a arma ainda não foi localizada. Novas investigações serão realizadas para determinar, se as outras duas pessoas indicadas pelo suspeito, vão ser indiciadas por participação no homicídio. Até o momento, nenhum mandado de prisão foi expedido contra elas.

Do G1 MA.

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